quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que é O Jogo?

O jogo é uma soma de idéias com o objetivo de fortalecer e dinamizar a cultura local. Baseia-se na construção coletiva de uma historia, que é mostrada em várias linguagens artísticas tais como Rpg de mesa, História em quadrinhos e audiovisual (curta-metragem).

A proposta é movimentar, incentivar e dar visibilidade ao artista local. É uma grande luta pela difusão do Rpg de mesa, e um hobbie tão aprecisado por poucos, O DESENHO, transformamdo-os em produto cultural! E também dar continuidade na produção de video aqui em nossa cidade.

Publico alvo?

- Mestres & players de Rpg
- Denhista amadores de mangá e Hq (comic americano)
- Atores e atrizes amadores
- Escritores
- Produtores de vídeo
- Pessoas com idéias malucas...
- Nerds viciados em ficção cientifica...

Funciona assim:

1) Damos um argumento. No nosso caso, o enredo também tem a ver com jogo.
2) Um grupo de amigos transforma o argumento em jogo RPG.
3) As partidas de RPG são gravadas em áudio, que é então entregue a um grupo de roteiristas.
4) Os roteiristas transformam o áudio em roteiro. No nosso caso, um de vídeo e outro de quadrinhos.
5) Fazemos as filmagens e desenhamos os quadrinhos.
6) Distribuímos o material.


Esta proposta se expande por muitas dimensões:

- Em primeiro lugar, O Jogo é um projeto. Busca unir RPG, histórias em quadrinhos e audiovisual na construção de uma série dividida em três temporadas de um ano cada. No processo esperamos consolidar uma proposta de trabalho coletivo, capaz de produzir e distribuir literatura, revistas e vídeo. Neste caso, é acima de tudo um laboratório experimental com interesse em fechar uma rede que estenda por toda a cidade.

- O Jogo é uma série. Com elementos visuais dentro da proposta de Esc Man 2 (feito pelo pessoal da FASET - assista aqui), Tissão - O Primeiro Combate (BTN II - assista aqui), e outros mais elaborados, queremos fazer filmes curta metragens interligados por uma trama em comum.

- O Jogo é uma história em quadrinhos. Dividida em várias exemplares por temporada (provavelmente 12), a trama de O Jogo tem seu desenvolvimento desenhado por artistas locais, a maioria desconhecidos e sem expressão.

- O Jogo é um jogo. Acreditamos no potencial do RPG para incentivar a literatura e construir o direcionamento de histórias. O argumento de O Jogo é transformado em um jogo RPG, que então é jogado por um grupo. As partidas tem seu áudio gravado e o material é enviado para dois roteiristas. Um deles cria o roteiro de vídeo e o outro de quadrinhos. Na prática, cada episódio tende a ter características muito próprias, visto que cada grupo faz partidas totalmente diferentes entre si, tendo seu próprio direcionamento.

- O Jogo é uma articulação social. A melhor forma de divulgar e distribuir um material cultural sem gastar dinheiro é o famoso boca-a-boca. Supomos duas coisas: 1) A pessoas, ao participarem de um projeto, querem que seus amigos e familiares tenham acesso aos resultados; 2) Quanto mais gente falar de um projeto, mais as outras pessoas vão ficar curiosas para conhece-lo. Assim, estamos querendo acabar com a distância entre consumidor e produtor, entre artista e público. Ambos são a mesma pessoa, que se manifesta de uma forma ou de outra em um determinado momento. Todos são capazes de fazer arte, e têm interesse em consumi-la.

- O Jogo é uma escola. Tecnicamente, temos muito potencial. Interessa que este seja aperfeiçoado, e que cada vez mais pessoas tenham acesso a este conhecimento. As três temporadas de O Jogo possuem níveis crescentes de dificuldade. A trama nasce clichê e evolui para um complexo emaranhado de eventos, que se ramificam de muitas maneiras e abrem muitos debates. Nos vídeos, começamos investindo em recursos visuais, depois nos prendemos mais na direção e seguimos para a dramaticidade da história. Nos quadrinhos evoluimos o traço e a abordagem visual. No RPG a capacidade imaginativa e o trabalho com multiplos personagens. No meio do caminho, muito debate sobre filosofia, sociologia, política internacional e atualidades.

- O Jogo é marketing. Queremos levar o artista local ao conhecimento do grande público. Dentro do audivoisual podemos divulgar música e artes cênicas. Através dos quadrinhos mostramos os desenhistas da nossa cidade. Mostramos os escritores através de seus roteiros. Mostramos a capacidade de provocação que o RPG proporciona, quebrando preconceitos. Entendemos que as pessoas de Paulo Afonso devem ter acesso e valorizar o artista local, e o único caminho é mostrando que podemos competir com qualquer outro de fora. No Projeto O Jogo, toda a produção prioriza trabalho local.

- O Jogo é uma provocação. A prática completa qualquer teoria. Não adianta apenas dizer que é necessário criar uma nova cadeia produtiva de cultura. Precisamos mostrar as alternativas, e provar que estas têm futuro. Hoje o mundo contesta alguns valores defendidos arduamente pela industria cultural há anos. A posse dos direitos autorais é deixada de lado deliberadamente, a distribuição do produto deixa as prateleiras das lojas e busca formas auto sustentáveis de encontro com o público. Não dá mais para ficar sentado, esperando que alguém caia do céu para patrocina-lo. O que funciona mesmo é ter atitude e capacidade de inovação. Em nossa cidade as idéias inovadoras ainda não chegaram. Não existe uma busca por identidade e alternativas. Aqui, o Underground é uma espécie de convencional frustrado, e não uma opção. Queremos simplesmente ser diferentes, traçar nosso próprio caminho, e esquecer as vias tradicionais, substituindo-as por outra mais adequada a nossa identidade.


Radical demais??? Imagina....

Um comentário:

  1. Cara, acho que você falou tudo. Não sei ainda como vai ser a questão da organização disso tudo, mas, em breve, vamos ter que forçar a barra e botar essa roda para girar, quer ela queira ou não. Você bem sabe que a maioria das pessoas não gosta de fazer as coisas, a não ser que tenham um "empurrãozinho" pra mover elas de seus mundos egoístas.

    Acho importante incentivar e mostrar o que de melhor influência e cultura nós temos, mostrando assim que coisas legais podem acontecer quando as pessoas trabalham em conjunto.

    E então, como faço para me juntar ao grupo? Sim, vou empurrar, digo, trazer vários amigos para colaborar em pelo menos uma etapa, nem que seja a divulgação, e quero me assegurar que cada coisa saia em seus conformes (é, nada de vídeo tremido com aqueles de celular, caras!)

    Outra coisa para sugerir é a questão das artes digitais, tais como as animações computadorizadas(3D) ou não(animação convencional). a produção de Jogos Eletrônicos, além da criação de CDs de trilha sonora composta por nós mesmos, por exemplo. Calro, tudo ao seu tempo, e sim, uma coisa se relaciona com outra...

    Tirando os 95% de sátira que eu fiz, sobra 5% de adjetivos, mas vamos ver no que dá. Conte com meu apoio firme e incondicional, Chuck!

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